25 novembro, 2011

Coração de Tinta

Coração de Tinta é o primeiro livro de uma trilogia que trás um mundo cheio de fantasia e aventura, foi lançado em 2003, e escrito por Cornelia Funke. Escritora e ilustradora de livros infantis e infanto-juvenis, Cornelia nasceu em 1958, Dorsten, na Alemanha. Estudou pedagogia assim que terminou o colégio e trabalhou durante três anos como assistente social. Durante esse período de trabalho, teve contato com diversas crianças carentes, que diante da dura realidade, inventavam histórias e personagens fantásticos. Desde então, Cornelia começa a ter contato com a fantasia. Sua pós-graduação foi em artes plásticas. A partir daí, a autora começa a ilustrar livros infantis, e depois a criar suas próprias histórias.

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O Livro

Meggie tinha apenas 5 anos quando aprendeu a ler, incentivada por seu pai Mo (Mortimer Folchart), um encadernador de livros, “médico dos livros” como ela o chamava. Os dois dividem um amor mútuo pelos livros e suas histórias, um amor mágico.

O que Meggie não compreende é por que Mo se recusava a ler em voz alta sempre que ela pedia. Nunca ouvira seu pai contar-lhe uma história. Então, aos 12 anos, Meggie descobre que seu pai é capaz de dar vida a qualquer personagem que ele leia em voz alta, podendo trazê-los para nosso mundo.

Esse fato aconteceu quando Meggie tinha 3 anos. Ao ler Coração de Tinta em voz alta, Mo trouxe personagens incríveis e assustadores do Mundo de Tinta. Em troca disso, quando algo ou alguém sai da história fictícia, um personagem da vida real é transportado para dentro dela. Foi o que aconteceu à mãe de Meggie, Resa (Theresa).

Dentre os personagens trazidos do mundo fictício está Capricórnio, um vilão assustador, que procura por Mo para realizar suas malvadezas. Dentre elas, Capricórnio pretende trazer do Mundo de Tinta uma temida criatura, que completará com ele o plano de se dar bem no mundo em que hoje habitam. Para atrair o alvo desejado, Capricórnio usa Meggie como isca. Após descobrir os planos do vilão, a menina descobre que, como seu pai, tem o dom de dar vida às personagens...


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Trecho 1: Um estranho na noite


Na porta da oficina de Mo havia uma placa, uma pequena placa de latão. Meggie sabia de cor as palavras que estavam escritas ali. Aos cinco anos ela aprendera a ler com aquelas letras antigas e enfeitadas:


Alguns livros devem ser degustados,

Outros são devorados,

Apenas poucos são mastigados

E digeridos totalmente.


Naquela época, quando ainda precisava subir numa caixa para decifrar a placa, ela pensava que a frase falava literalmente em mastigar, e se perguntava horrorizada por que Mo havia escolhido para pendurar em sua porta as palavras de alguém tão esquisito, que destruía livros daquela maneira.


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Trecho 2 : Uma casa cheia de livros


Meggie sempre achara que Mo possuía muitos livros. Depois que entrou na casa de Elinor, deixou de pensar assim.

Ali não havia pilhas de livros espalhadas por todos os cantos, como na casa de Meggie. Aparentemente, cada livro tinha seu lugar. Mas, nos lugares onde na casa das outras pessoas havia papel de parede, quadros ou simplesmente um pedaço de parede nua, na casa de Elinor havia estantes abarrotadas de livros. No vestíbulo eram estantes brancas, de madeira clara, que subiam até o teto; nos aposentos que atravessaram a seguir, elas eram escuras como o assoalho, assim como no corredor em que entraram depois.

– Estes aqui – anunciou Elinor, fazendo gestos desdenhosos enquanto passava na frente das lombadas espremidas umas contra as outras – foram se juntando no decorrer dos anos. Não são muito valiosos, a maior parte é de qualidade inferior, nada de extraordinário. Caso alguns dedinhos não consigam se controlar e em algum momento peguem um deles – ela lançou um breve olhar para Meggie – não haverá consequências graves. Contanto que esses dedinhos, depois de saciada sua curiosidade, coloquem cada livro de volta no seu lugar sem deixar nenhum marcador nojento dentro deles.

Com essas palavras, Elinor virou-se para Mo.

– Você não vai acreditar, mas num dos últimos livros que comprei, uma magnífica primeira edição do século XX, eu encontrei uma fatia seca de salame como marcador de leitura!

Meggie deu uma risadinha, o que lhe rendeu instantaneamente mais um olhar pouco amigável.


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"Os livros precisam ser pesados, porque o mundo inteiro está dentro deles."

Inkheart

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Coração de Tinta teve uma adaptação para o cinema em 2008, com direção de Iain Softley. Teve como parte no elenco Brendan Fraser, Sienna Guillory, Eliza Bennett e Helen Mirren.


Onde encontrar:

http://www.companhiadasletras.com.br/detalhe.php?codigo=11936


Para mais informações sobre Cornelia Funke e seus best-sellers indico:

http://www.corneliafunkefans.com/de

http://www.goethe.de/ins/br/lp/prj/dgl/kin/fun/pt2975708.htm

5 comentários:

  1. DE MAIS!
    Eu vi o filme, mas o livro me parece BEM melhor!

    Valeu Jé

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  2. Poxa adorei Jeeh!!! não vi o filme ainda,nem li o livro, mas fiquei com vontade!! amei a história muito interessante!!! =)

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  3. Obrigada!!!
    Eu primeiro li e depois vi ao filme, como costumo fazer, me apaixonei. Estou no segundo livro da trilogia, e é demais também.
    O mais fantástico são as descrições sobre a paixão pela leitura e pelos livros.

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  4. Adorei o filme..mas será q eu ia curtir o livro?
    Acho q não tô numa fase de leituras agora! Mas obrigada pela dica! Adoro o nome.. Inkheart :D

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  5. Valeu Lú!
    apareça sempre que quiser, ok!

    Sempre temos novidades...

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