08 novembro, 2011

Casados com Paris - A história de amor e traição do jovem casal Hemingway nos loucos anos 1920

Casados com Paris, apesar de ser um livro tecnicamente biográfico, fez com que Paula Maclain, sua autora, fizesse uma incrível pesquisa sobre a vida de Ernest Hemingway e Hadley Richardson (sua primeira esposa no qual Paula usa como narradora da trama), no peíodo de seu casamento, na cidade dos apaixonados. Além de apresentar ao leitor, o período do grande estouro literário de Ernert entre sua vida boêmia, sua mulher e amantes e seus amigos nada convencionais e intelectuais. Os assim chamados "anos loucos" da década de 1920 de uma Paris bela e simples, abrigou naquela época, a conturbada história de amor entre Hemingway, Hadley, sua abilidade em ter outras mulheres e seu facínio pela escrita, de onde os mais importântes escritos de Ernest foram então disseminados ao mundo. Dentre eles, 'O Sol Também se Levanta' lançado em 1926.

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Trecho:

"...- O que você tem contra Hadley?
     - Nada. Como poderia? Ela gira em outra velocidade, só isso. Ela é mais cauelosa.
     - E eu vou precisar ser cruel. É isso que você quer dizer?
     - Não. Só determinado.
     - Ela me apoiou esse tempo todo.
     - É, e fez isso lindamente. Mas o que vem depois é algo novo. Você precisa olhar para frente agora. Eu sei que você sabe disso.
Ele sentira muitas vezes que Gerald o lisonjeava em excesso, mas agora com o Sol ( O Sol também se levanta, livro que seria então lançado) lhe abrindo as portas e tanta coisa à frente, ele realmente sentia como se muito mais fosse preciso. Não sabia bem o quê, só que lhe tomaria tudo o que tinha.
Pfife estava cheia de ideias para o futuro. Já organizara a cerimônia do casamento, e ao que parecia já o planejava desde o começo. Era a maneira que encontrava de antrar em acordo com Deus ou com sua própria consciência.
     - Diga que me ama - pedira ela na primeira vez, quando ele ainda estava dentro dela.
     - Amo você.
Ela era musculosa e forte, e era interessante tê-la na cama, estranhamente adversária, com uma selvagem e uma dureza que em nada se parecia com Hadley.
     - Mais do que você a ama? Mesmo que não seja verdade, quero que você diga.
     - Amo você mais - respondera ele.
Ela o empurra com suas pernas longas e firmes, e montara nele. As mãos em seu peito. Os olhos escuros perfurando os dele com intensidade.
     - Diga que você gostaria de ter me conhecido primeiro - pediria ela, empurrando o corpo com força em direção ao dele.
     - Gostaria - concordara ele.
     - Eu seria sua esposa agora. Sua única esposa.
Sua expressão era ao mesmo tempo absolutamente distante e orgulhosa, e aquilo o irritou um pouco. Talvez ela precisasse inventar uma vida para os dois em sua cabeça, ou como poderia conviver consigo mesma e ser amiga de Hadley?
Em Schruns, ele as observara lado a lado em frente à ladeira, conversando e rindo. Tinham as pernas cruzadas na mesma direção, calçando as mesmas meias e as mesmas pantufas alpinas. Não eram irmãs; não se pareciam, de forma alguma. Ele era a única coisa que na verdade as unia..."

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Onde encontrar:


2 comentários:

  1. Caramba! Muita falta de sacanagem essa parte do livro. Já fiquei com raiva só de ler esse trechinho.

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  2. Ele apronta um bocado mas não nego que, como escritor, ele é incrível e essa "biografia" ficou bem fiel a realidade, mesmo com tudo o que ele aprontou de ruim. rs

    Vale a pena ler...

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